Crescimento é impulsionado pela regionalização da saúde, pela Tabela SUS Paulista e por investimentos que ampliaram cirurgias, internações e a capacidade de atendimento em todo o Estado
O Governo de São Paulo ultrapassou a marca de oito mil leitos reativados na rede estadual de saúde nos últimos três anos. O número, considerado histórico pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP), é resultado do avanço da regionalização, da recuperação de estruturas hospitalares e de um novo desenho de financiamento que fortaleceu santas casas e instituições filantrópicas.
Conforme diagnóstico feito em 2023 pela Pasta, cerca de oito mil leitos cadastrados na rede estavam desativados em todo o Estado. Com a reativação de áreas e a reabertura de leitos, a rede estadual registrou um aumento de quase 20% nas internações nos últimos 12 meses, com um acréscimo de 380 mil registros, quando comparado a 2022. A ampliação tem ajudado a reduzir as filas e aumentar o número de atendimentos nas unidades de saúde.
“Reativar leitos e ampliar a rede só é possível quando o sistema tem previsibilidade e financiamento adequado. A Tabela SUS Paulista trouxe esse equilíbrio e permitiu que as unidades aumentassem cirurgias, internações e atendimento à população”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.
A expansão é sustentada por programas como a Tabela SUS Paulista, que complementa valores pagos pelo tabela federal e tem permitido ampliar cirurgias, internações e diversos procedimentos.
Rede filantrópica
O impacto dessa ampliação também aparece no desempenho de hospitais filantrópicos que integram o SUS paulista. Em Jaci, o Hospital Nossa Senhora Mãe da Divina Providência aumentou o volume de internações de cerca de duas mil em 2022 para 2.660 no último ano, após a reativação de leitos.
A Santa Casa de Adamantina, administrada pelo Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, teve crescimento de 61 para 161 cirurgias por mês, entre 2022 e 2024, um aumento de 160%.
“Estamos acolhendo a demanda da região. É esse compromisso que tem permitido avançar, ampliar o cuidado e oferecer à população um atendimento mais humano, mais moderno e mais próximo daquilo que ela merece”, afirma frei Francisco Belotti, presidente da entidade.
Dados da SES mostram que os resultados obtidos por meio da Tabela SUS Paulista em todo o Estado equivalem, na prática, à disponibilidade de 4,7 mil leitos SUS adicionais distribuídos pela rede, garantindo atendimento contínuo e reforço em períodos de maior incidência de doenças respiratórias ou arboviroses.
Criada pela atual gestão, a Tabela SUS Paulista complementa repasses federais e permite que hospitais filantrópicos recebam até cinco vezes mais pelos procedimentos realizados. Até agosto deste ano, mais de R$ 7,5 bilhões foram destinados às santas casas e entidades parceiras do SUS.
Em agosto, o governador Tarcísio de Freitas ampliou o alcance do programa para hospitais municipais, medida que contemplará mais de 100 unidades em cerca de 70 cidades, atendendo uma antiga demanda dos municípios.
IGM SUS Paulista e regionalização
A iniciativa atua de forma integrada ao IGM SUS Paulista, programa que reforça o financiamento da atenção básica, amplia a organização regional e estabelece metas assistenciais em áreas como vacinação, pré-natal, doenças crônicas, rastreamento de câncer de colo de útero e combate às arboviroses.
O IGM SUS Paulista elevou o repasse estadual per capita de R$ 4 para valores entre R$ 15 e R$ 40, conforme vulnerabilidade social, população atendida, taxas de cobertura vacinal e da Estratégia Saúde da Família.
A estratégia dialoga diretamente com o processo de regionalização da saúde, que busca organizar o cuidado de forma mais efetiva e responder com rapidez às demandas de cada território. Todas as informações sobre os repasses por município e por entidade filantrópica estão disponíveis no portal do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES): https://nies.saude.sp.gov.br/ ses




