O deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) protocolou uma representação no Ministério Público (MP) contra o prefeito de Campinas-SP, Dário Saadi (Republicanos), e a vereadora campineira Paolla Miguel (PT). Zimbaldi solicita que ambos reembolsem a Prefeitura em mais de R$ 760 mil, valor correspondente a emendas impositivas da parlamentar petista utilizadas para custear eventos culturais na cidade.
A representação, apresentada na quinta-feira (18/4), foi motivada pela realização da festa "Lambuzada", organizada pela produtora Bicuda no último domingo (14/4), na Praça "Durval Pattaro", no Distrito de Barão Geraldo, em Campinas. O evento, que foi custeado com dinheiro público, via emenda impositiva da vereadora do PT, apresentou cenas que faziam apologia à nudez e à simulação de sexo.
Segundo Zimbaldi, os acontecimentos registrados na festa "Lambuzada" podem resultar em uma investigação criminal ou na proposição de uma ação penal contra Dário Saadi e a vereadora Paolla Miguel. O deputado alega que o evento foi realizado de forma absurda e desrespeitosa, expondo a população de Campinas, incluindo crianças e idosos, a apologia à pornografia e às drogas, tudo financiado com recursos públicos.
A festa "Lambuzada" foi apenas uma das atividades culturais custeadas com dinheiro público, através de emendas impositivas. De acordo com informações da Prefeitura de Campinas, nos últimos tempos, a vereadora Paolla Miguel destinou mais de R$ 760 mil dos cofres locais para o financiamento de eventos culturais na cidade. O evento em questão teria custado R$ 10,6 mil, provenientes de uma emenda de R$ 15 mil da vereadora.
A produtora Bicuda alega que, ao longo dos últimos anos, já organizou mais de 15 eventos semelhantes em Campinas, todos aprovados pela administração municipal, através da Secretaria Municipal de Cultura.
Na representação apresentada ao MP, o deputado Rafa Zimbaldi solicita que a vereadora Paolla Miguel e Dário Saadi sejam responsabilizados e que devolvam aos cofres públicos o valor relativo às emendas destinadas pela vereadora ao erário local. Além disso, questiona a falta de definição clara por parte da Prefeitura de Campinas em relação à classificação indicativa para a realização de eventos na cidade, ressaltando que somente após a realização da "Lambuzada" e a grande repercussão negativa que o evento gerou é que a gestão de Saadi publicou uma portaria no Diário Oficial do Município, estabelecendo um "tímido regramento", válido a partir de terça-feira (16/4).
O evento também levou à abertura de uma Comissão Processante (CP) contra a vereadora Paolla Miguel na Câmara Municipal de Campinas, que alega que a "Lambuzada" transmitiu conteúdo imoral e perverso.
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