Semana da Enfermagem: Mãe e Filho Compartilham os Desafios da Mesma Profissão

Eloisa e Kenny trabalham em serviços de saúde mental do SUS em São Paulo A enfermagem, profissão celebrada no dia 12 de maio, traz uma série de desafios no dia a dia de milhares de profissionais que dedicam suas vidas a oferecer tratamento e esperança aos necessitados. Este é um dom que, muitas vezes, passa de mãe para filho, como é o caso de Eloisa e Kenny Ramponi, que compartilham não só laços de sangue, mas também a mesma profissão.Eloisa Ramponi, de 60 anos, atua no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Iguape, enquanto seu filho, Kenny Ramponi, de 39 anos, especialista em saúde mental e psiquiátrica, trabalha no CAISM Philippe Pinel, hospital da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Ambos enfrentam diariamente os desafios de suas carreiras, apoiando-se mutuamente em sua jornada profissional.Kenny acredita que sua família é um reflexo daquilo que ele aspira ser. Quando Eloisa ainda era auxiliar técnica e planejava cursar enfermagem, seu filho já estava na faculdade de enfermagem. Inspirados um pelo outro, ambos seguiram esse caminho quase simultaneamente. “Me surpreendeu quando ele fez a inscrição para o vestibular. Tive muito orgulho ao ver que escolheu esta profissão a qual eu também tenho a gratidão e felicidade em exercer”, conta Eloisa.Os dois frequentemente discutem casos e Eloisa encaminha pacientes de sua unidade para tratamento no hospital onde Kenny trabalha. A troca de experiências diárias fortalece a prática de ambos. “A grande influência da minha mãe em minha vida profissional foi me ensinar o ato de olhar cuidadosamente, ir além do tratar, mas entender o que um paciente sofre, quem é aquele ser humano, em que contexto ele vive e o que eu posso fazer por ele”, afirma Kenny.Eloisa destaca que a enfermagem requer sensibilidade, empatia e sabedoria, além de um constante aperfeiçoamento profissional. “Conhecimento técnico e científico para as tomadas de decisões foi o que me motivou a continuar estudando, me atualizar e multiplicar nossas experiências”, explica.Kenny complementa dizendo que a empatia e a escuta atenciosa são indispensáveis para a profissão. “O enfermeiro na verdade é um grande gestor de cuidados e um articulador de processos da vida. Quando ele compreende isso, ele se destaca com uma assistência de excelência”, declara.Ambos concordam que o autocuidado é crucial para quem cuida dos outros. “Na enfermagem, lidamos com todos os processos da vida, incluindo a morte. Por isso, devemos ter momentos que promovam bem-estar, dormir e se alimentar bem, e quando possível, ter uma boa rotina”, diz Kenny.Eloisa, em sua posição de coordenadora, enfatiza a importância da dedicação para facilitar o acesso dos pacientes aos serviços de saúde e manter uma equipe unida. Apesar dos desafios, ela se sente realizada com sua profissão. “Durante esses 12 anos em que trabalho no Caps, pude acompanhar e ver a transformação e a estabilidade de muitos pacientes. A arte de cuidar me realiza cada dia mais e transformou a minha vivência como ser humano”, relata.Kenny compartilha do mesmo sentimento de realização. “Me sinto feliz e realizado com a carreira que trilhei e com o equilíbrio que tenho entre a vida profissional e a vida pessoal. Gosto de pensar que eu escolhi a enfermagem ao mesmo tempo que ela me escolheu e seguimos nos escolhendo diariamente”, conclui.

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