A Prefeitura de Suzano e o Governo do Estado de São Paulo formalizaram, nesta sexta-feira (15/08), quatro convênios para fortalecer ações voltadas às mais de 22 mil pessoas com deficiência do município. O anúncio ocorreu no Cineteatro Wilma Bentivegna, com a presença do prefeito Pedro Ishi e do secretário estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.
Os programas incluem o Polo de Empregabilidade Inclusiva (PEI), para ampliar o acesso ao mercado de trabalho; Todas-in-Rede, com foco na autonomia de mulheres com deficiência; Paralímpicos, para capacitação de professores de Educação Física; e um curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) aberto à população.
O prefeito destacou que a iniciativa reforça o compromisso de Suzano com a inclusão, enquanto o secretário estadual ressaltou a parceria e recebeu o título de cidadão suzanense concedido pela Câmara Municipal.
As capacitações do “Paralímpicos” ocorrerão de 11 a 14 de novembro, e o curso de Libras terá início em 14 de outubro. Informações sobre inscrições serão divulgadas em breve.

1 comentário
COISAS QUE NUNCA VOU ENTENDER!
Todos os dias vejo pessoas dizendo que “lutam pelas pessoas com deficiência”, mas quando olho de perto, percebo que quase nenhuma vive na pele o que vivemos.
🔹 O que diz que luta pelo deficiente visual, mas enxerga perfeitamente e nunca precisou depender de um piso tátil malfeito ou de um semáforo sonoro inexistente.
🔹 O que diz que luta pelos cadeirantes, mas anda sem barreiras, nunca ficou preso numa calçada quebrada, nem precisou enfrentar ônibus sem elevador funcionando.
🔹 O que diz que luta pelo surdo, mas fala e ouve normalmente, sem saber o que é ser ignorado porque não há intérprete de Libras ou legenda.
🔹 O que diz que luta pelo nanismo, mas tem 1,80m de altura, nunca teve que pedir ajuda para alcançar uma prateleira ou enfrentar preconceito pela sua estatura.
Esses são apenas alguns exemplos de como não temos representantes de verdade. Gente que fala por nós, mas não sabe o que é viver o que vivemos.
O mais grave é que nos negam o direito de cobrar. Não nos dão voz. Não nos deixam expor a verdade. Agem como se soubessem mais sobre a nossa realidade do que nós mesmos.
Mas só o dono da dor sabe onde dói. Só quem vive a exclusão, o preconceito e a falta de acessibilidade entende a urgência da mudança.
Não somos massa de manobra para políticos que usam nossa causa como palanque.
Somos vidas reais que exigem políticas públicas reais.
E enquanto não tivermos representatividade verdadeira, seguiremos sendo silenciados — mas não calados.